O Vale da Raposa e o silo

Jornal da Região de 4 a 10 de Setembro

O problema do estacionamento em Sintra, é um dos problemas mais graves por resolver.As soluções não tem passado do papel, de tempos a tempos volta-se a falar na construção de um silo no Vale da Raposa na Estefânia. Um local que do jardim da Correnteza, permite desfrutar de uma magnifica vista panorâmica, que incluí em primeiro plano a torre da Câmara Municipal e em segundo plano, a Vila velha com destaque para o Palácio da Vila com as suas duas chaminés.


O vale em si, parece abandonado com algum propósito,com árvores e vegetação em puro estado selvagem.
E agora com fim da “silly season” de novo a história do silo surgiu na última edição do "Jornal da Região". Em entrevista, a Associação de Defesa do Património de Sintra,(ADPS),afirma “que não fecha as portas à construção de silo no Vale da Raposa, mas defende um cuidado extremo no aproveitamento do local”.

A ADPS, acrescenta que “qualquer projecto para este local deve ser alvo de discussão pública e merecer ainda apreciação no denominado Conselho de Opinião Pública, preconizado pela Unesco no quadro da classificação de Sintra Património Mundial.”, e o Jornal da Região acrescenta, “que só reuniu uma vez.”

Aqui fica lançada a discussão.


O estado em que se encontra o Vale da Raposa



Comentários

José Cavalheiro disse…
Não vejo qualquer dúvida em realizar-se ali um silo para carros, desde que não seja feito nenhum mamarracho.
Se o silo se enquadrar na paisagem tudo bem.
Fica bem
Anónimo disse…
O primeiro projecto para a contrução de um Silo no Vale da Raposa, apresentado em 1991 foi chumbado por unanimidade em reunião de Câmara; o segundo em 1992 também não passou, mas aí porque um movimento de cidadãos, dito agora de cívico, que até teve nome "Defender Sintra" a isso se opôs, acabando por ser arquivado também; agora vem à ribalta, pela terceira vez, sem se perceber se existe ou não qualquer novo projecto para aprovação já entregue na Câmara. Mas, como não há fumo sem fogo depreende-se que sim.

De qualquer modo não nos iludamos com a bandeira do Silo. A empresa espanhola que comprou os terrenos do Vale da Raposa, não os adquiriu para resolver os problemas do estacionamento de Sintra, comprou-os para os rentabilizar não só com o parqueamento do Silo (que até poderá, como tem acontecido noutros lugares, Sesimbra por exemplo, a título de contrapartidas, poder ser explorado pela Câmara) mas também com lojas de comércio e outras actividades. Foram assim os outros projectos.

Quanto à posição dos comerciantes eu não percebo. Se até aqui se têm queixado da pouca afluência de clientes, como é que pensam fazer face à concorrência de novo comércio, mais diversificado e apelativo concerteza? A não ser que sejam só lojas de artesanato e galos de Barcelos...

E mesmo o comércio da Estefânea, quantas lojas temos na Heliodoro Salgado que façam alguém deslocar-se a Sintra, propositadamente, além dos residentes, para fazer as suas compras ali ???.

Saúdo a posição da Associação de Defesa do Património, defendendo que qualquer projecto a aprovar para o local deve merecer uma discussão pública. Foi essa a sua posição quando da Volta do Duche e outra coisa não seria de esperar.

Quanto ao Conselho de Opinião Pùblica (que reuniu uma só vez depois de ser criado) não se tem pronunciado sobre outros assuntos muito mais importantes, como, por exemplo, para citar só os mais recentes, as intervenções nos Capuchos e na Tapada D. Fernando (a não ser que tenha sido consultada e tenha dado a sua opinião, e concordância, pelos vistos, sem que se tenha publicamente sabido), não creio que se vá debruçar agora sobre a construção de um Silo.

Mas, nunca se sabe, bom seria que sim.
emília reis
Zé-Viajante disse…
Queria ser o primeiro a responder e não consegui.
VALE DA RAPOSA recuperado, alindado, SIM.
VALE DA RAPOSA com carros, NUNCA!

E se isso algum dia acontecer espero não estar cá para ver.

Comecem por abrir a Desiderio Cambournac e estudem o modo de circular em Sintra como noutras cidades europeias.
Zé-Viajante disse…
Revisto o comentário anterior e dado que não o posso remover, retiro as duas primeiras linhas.
Tudo o resto se mantém.
Um abraço ao Pedro pela abertura da discussão.
pedro macieira disse…
No tempo de Edite Estrela, Sintra foi “partida” ao meio com o fecho ao trânsito da Av.Heliodoro Salgado,(segundo parece a pedido dos comerciantes da zona), criando uma zona tampão, que faz com que qualquer visitante que pretenda encontrar o Centro Histórico, vindo da Portela de Sintra se perca na procura do caminho para a Vila.também para os Sintrenses a ligação de um lado para o outro é problemático.Por outo lado a zona pedenal, a “Chinatown”, como alguém já chamou é um espaço cinzento e não atractivo.É necessário medidas eficazes para repôr uma circulação de trânsito com alguma lógica.O estacionamento com a eliminação da faixa bus da Av.Desidério Camarate e criação de novos espaço de estacionamento, com a abertura como e´preconizado da A.Heliodoro Salgado com um dos sentidos- o aproveitamento do cadáver da da Antiga Garagem de Sintra, que é um escândalo como ninguém até hoje conseguiu encontrar uma solução que servisse Sintra. Portanto o problema do estacionamento está relacionado pela forma como a CMS tem gerido o espaço rodoviário de Sintra. Curiosamente nem Edite Estrela, nem Fernando Seara eram e são habitantes de Sintra (Edite Estrela, viveu enquanto esteve na CMS; saindo para Bruxelas...)e Fernando Seara nem isso...Parece que aos Sintrenses principalmente apresentar soluções, e promover a discussão sobre as soluções dos seus problemas.
Quanto ao(s) silo(s), comentarei posteriormente.
Pedro Macieira
Bic Laranja disse…
Ui! Aquilo ali é particular? Não vai sobrar nada. O parque é uma desculpa. Quando lá houver um chópingue, fórum ou lá o que lhe chamem havemos de ver o resultado.
Para Sintra só tenho um lema: quanto mais humanos pior.
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Uma nota à margem: que lhe parecem os novos candeeiros no Chão de Meninos?
Cumpts.
pedro macieira disse…
bic laranja, o silo é uma questão que surge de vez em quando por estes lados.O aspecto de abandono daquele local, é indicador do que o proprietário estará à espera, e nestes casos em geral a espera não tem limite de tempo...
É o caso de vários imóveis em Sintra uns quase em ruínas, outros a degradarem-se, com o tempo, e que se encontram desabitados, sem existir qualquer solução de os recuperar nesta Sintra Património da Humanidade. Também a CMS não parece fazer qualquer esforço para resolver estes casos junto dos seus proprietários, quando não é o caso de ela (CMS) ser a proprietária.
A necessidade de lutar contra ao betão deverá ser a primeira prioridade, para preservar Sintra.
As apetências para "modernizar" são muitas, e o caso do silo se autorizado, por defensores das intervenções como da obra (embargada) da Estalagem Bristol na Vila velha...não garante que futuramente naquele local não tenha grandes shoppings,imóveis de grande volumetria etc, etc.
Quanto aos candeiros, de facto não tenho feito passagens por esse lado desde as últimas obras, mas é um assunto que irei ter em conta para em breve poder comentar.
Um abraço

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