O dia da inauguração do Posto Escolar do Mucifal


No "Jornal de Sintra" nº 309, de Fevereiro de 1940
No dia 31 de Janeiro de 1940 a Comissão de melhoramentos do Mucifal, constituída por Inácio Fernandes Badajoz, António José Padesca, José Henriques Correia, Manuel Souto Rodrigues, Abel Simões de Carvalho Sobrinho, António Jorge e a colaboração de várias outras pessoas entre as quais Francisco dos Santos Júnior, levou a efeito a inauguração do Novo Posto Escolar do Mucifal. É esta cerimónia que é noticiada pela pena do jornalista do “Jornal de Sintra” nº309 de Fevereiro de 1940.

Estado actual do edifício onde funcionou o Posto Escolar do Mucifal inaugurado em 31 de Janeiro de 1940

Posto Escolar do Mucifal

(...) Estava velha e carunchosa, como tal imprópria para a delicada função, a que havia ser destinada, há anos a casa do Posto escolar do Mucifal. A Câmara Municipal de Sintra entendeu, e muito bem, substituí-la por outra que oferecesse melhores condições. Alugou para isso, um prédio, presentemente à srª D. Rosa França Santos, que esta senhora fez transformar completamente, dotando-a com um salão de 9 metros e meio: com 4 janelas amplas um vestiário em cimento armado, lavabos etc., nem sequer faltando um belo quintal, murado para o recreio das crianças.(...)

(...) No topo de um mastro, colocado à entrada de uma escadaria exterior que dá para o salão da escola, a Bandeira Nacional, tremulando ao vento. Muitas flores e plantas ornamentais, embelezando o templo bendito da Instrução. Quadros, nas paredes, baseados em factos, do Estado Novo. Um crucifixo de Cristo, ao fundo junto à secretária da mãe espiritual das criancinhas do Mucifal. A «Cartilha Maternal», de João de Deus; etc.


Página da "Cartilha Maternal" de João de Deus
César Santos pintou, a gosto, a tabuleta com o escudo Nacional que cá fora pende da parede asseada. Povo muito povo aguarda com ansiedade a hora da chegada dos convidados de honra e das autoridades.Forma-se o cortejo, que se dirige até à sede da Tuna Recreativa do Mucifal. Á frente as meninas nas suas batas brancas, constituindo um «bouquet» de flores humanas que apetece beijar. São mais de 30. E a respectiva professora, a srª D. Ofélia das Candeias Santos; depois os rapazes, também número superior a 30.E a respectiva professora srª D.Maria Rita de Albuquerque Bátista.A Tuna. E o povo – muito povo.
Chegam os Bombeiros de Colares. E a Junta de Freguesia de Colares; os professores de Almoçageme e Colares...(...)
Jornal de Sintra nº 309 de Fevereiro de 1940

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