O Pitoresco Rio das Maçãs

No Jornal de Sintra de 15-10-1938
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Já em 1938, existiam preocupações sobre os níveis de poluição do Rio das Maçãs - as fotos de hoje deixam algumas boas indicações. A qualidade da água do rio permite a existência de algumas espécies de pequenos peixes, e bandos de patos fazem deste local o seu habitat, onde parecem serem felizes. O casal de patos brancos, que continuamos a seguir, ocupa no seu habitual território e embora não se integre no bando de patos-reais, dá indicações de pretender continuar por agora, neste frondoso local.

Setenta e dois anos passados depois da publicação desta notícia no Jornal de Sintra, a preocupação pelos níveis de poluição do rio da Maçãs, também aumentaram - assim é necessário vigiar com a maior frequência o percurso deste "pitoresco" rio, de forma a que a qualidade das suas águas, permita que continue a ser um rio vivo.

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Fotos de 05-08-2010

Comentários

Fatyly disse…
Interessante o artigo...e a vigilância deve-se manter, agora pescar ali como os da foto, eu não concordo até porque o lançar de canas por vezes provoca acidentes.
Graça Sampaio disse…
Começa-se a ler o artigo e até parece actual. Porém, quando chegamos ao aviso ao guarda florestal, vemos que estamos na actualidade. Infelizmente acabaram com os guarda-rios, com os cantoneiros e com os guardas-florestais. Por isso há tantos incêndios e tanta poluição nas matas e nos rios.
pedro macieira disse…
Fatyly,
È verdade que nem todos os locais são bons para a pesca amadora, mas a foto dá a indicação que existem nas águas do Rio da Maçãs peixes - sinal de alguma qualidade da água.
Um abraço
pedro macieira disse…
carol,
A inexistência dos antigos guarda-rios, tem graves consequências para o estado do rio e das suas margens, não havendo fiscalização sobre derrames tóxicos, que possam existir ao longo do percurso que destruam de forma irrecuperável os ainda existentes sinais de vida animal que ainda existem.
Ainda há poucos dias no ribeira do Jamor, em Algés surgiram centenas de patos mortos por descargas de produtos tóxicos.
Por esse motivo é que faço o apelo
que da nossa parte,exista uma grande vigilância, observando o que se passa na ribeira/s de forma a que exista possibilidades de dar algum sinal de alarme no caso de alterações das condições da água ( e já tem acontecido).Precavendo ou reduzindo os riscos de possiveis desastres ecológicos.
Um abraço
Caínhas disse…
Um pouco de história com graça!
Lembro-me de ser ainda menino e moço, ouvir os homens já maduros combinar irem para a pesca das enguias para a Ponte Redonda, (antes de Galamares). O modo de pescar era ao "remolhão" parece que faziam um emaranhado de minhocas num pau com uma ponta de vários anzóis. A pesca realizava-se sempre de noite, pelo que era necessário um candeeiro, e como as enguias são muito viscosas para as filar utilizavam um garfo grande tipo tridente e um chapéu de chuva virado ao contrário.
Pescavam descalços dentro de água.
Com o breu, a pouca iluminação, e com aquela cangalhada toda, houve um que viu o dedo grande do pé dum companheiro a mexer dentro de água pensou que era uma enguia, zás uma garfada com o tridente. Uma mistura de gargalhadas da geral e gritos lancinantes do atingido. Mas como havia sempre muito vinho à mistura fazia de anestesia. Ainda me lembro de alguns nomes, mas por respeito à sua memória não os menciono.
Tudo isto para dizer que me lembro muito bem dos barbos e enguias pequenas, andarem ali pela zona da Ribeira de Sintra, na ponte onde o Rio passa.

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