Obras de requalificação e descobertas arqueológicas no Castelo dos Mouros

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Para fundamentar as intervenções projetadas no Castelo, melhor conhecer as ocupações humanas do local e as suas fases construtivas, a Parques de Sintra, tem promovido desde 2009, em colaboração com os alunos da licenciatura em Arqueologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a realização de Campos de Investigação Arqueológica.

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 Foto PSML

Na necrópole, a identificação de 33 sepulturas de rito cristão, cada uma com cerca de 2 a 3 enterramentos, traduz a elevada densidade de povoamento do local e, por outro lado, a longa diacronia do uso do espaço, desde meados do século XII até meados do século XVI. Com estes trabalhos e com os realizados no interior da fortificação, foi possível determinar a área de implantação do bairro islâmico do Castelo, tendo-se identificado alicerces de habitações associadas a numerosos silos escavados no substrato rochoso, sobre as quais foi edificada a muralha medieval, fazendo supor uma ocupação muçulmana de cariz rural, bastante extensa. Estes dados alteraram a cronologia dos panos de muralha que eram, até ao momento, considerados de fundação muçulmana. Foram ainda identificados níveis arqueológicos do Neolítico, tendo sido recolhido um vaso cerâmico de asas bífidas, inteiro, típico das produções oleiras do 5º milénio a.C.

O projecto “À Conquista do Castelo”, que está a ser desenvolvido pela Parques de Sintra no Castelo dos Mouros, é cofinanciado pelo PIT (Programa de Intervenção do Turismo) e tem como objectivo a valorização global e restauro deste importante monumento e polo turístico de Sintra (265.000 visitas em 2011).

Adaptação de um texto da PSML

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